Fronteira Noroeste

Frente Parlamentar de Vereadores apoia ativamente implantação do curso de Medicina na URI Santo Ângelo

Na última quinta-feira à tarde, a direção do campus Santo Ângelo da URI recebeu uma comissão de vereadores para discutir a importante implantação do curso de Medicina na instituição.

Participaram do encontro a Diretora-Geral Berenice Wbatuba, o Diretor Administrativo Gilberto Pacheco e o Diretor Acadêmico Carlos Augusto Lemos, além dos vereadores Francisco Medeiros, Cristian Fontella, Adolar Queiroz, Rosane Stocker e Andreia Bernardi.

O vereador Francisco Medeiros, autor do requerimento para criação de uma frente parlamentar pró-curso de Medicina, ressaltou a importância estratégica deste projeto, não só para a URI, mas também para a saúde pública municipal. “A formação de novos profissionais não apenas agrega valor à nossa instituição, mas também promove melhorias significativas na rede de atenção primária à saúde, reforçando quadros em postos de saúde, Estratégias de Saúde da Família (ESF) e hospitais”, declarou Medeiros.

Durante a reunião, os diretores da URI expuseram os passos já tomados pelo campus. No final de 2024, foi submetida ao Ministério da Educação (MEC) uma proposta que qualificaria a instituição para participar de um edital que prevê a abertura de novos cursos de Medicina em onze regiões do Rio Grande do Sul, das quais apenas quatro serão selecionadas. Este edital visa distribuir 240 vagas, permitindo aos municípios mais vulneráveis acessar serviços médicos de qualidade.

Berenice Wbatuba, Diretora-Geral, apresentou o projeto que tem como base o modelo exitoso do curso de Medicina oferecido pela URI em Erechim, que obteve o conceito máximo(nota 5) na avaliação do MEC. Este precedente positivo fortalece a candidatura do campus Santo Ângelo.

Gilberto Pacheco destacou que a URI já possui uma história de 33 anos de esforços para a inclusão de cursos de Medicina, e agora conta com o apoio estratégico de parceiros locais influentes, como o Hospital Regional das Missões e instituições como Unimed/Missões, Unicred e os demais hospitais comunitários de municípios missioneiros. Esta rede de apoio representa um compromisso conjunto para implementar o curso e garantir o sucesso e sustentabilidade do programa. “Todos abraçaram a proposta da URI e são parceiros fundamentais nesta empreitada”, afirmou Pacheco.

Carlos Lemos, Diretor Acadêmico, explicou como a implantação do curso traduz-se em contrapartidas significativas. Além das 60 vagas previstas, 12 serão destinadas a programas sociais como o ProUni e cotas afirmativa. Também foi enfatizado que 10% da arrecadação com o curso será investida em melhorias em unidades de saúde locais, incluindo treinamentos e programas de residência médica.

No cronograma estabelecido pelo MEC, a análise preliminar das propostas será apresentada em 28 de março, seguida pela divulgação das instituições contempladas em 30 de maio. A expectativa é que a iniciativa não só intensifique a formação acadêmica na região, mas também traga melhorias substanciais às condições de saúde pública das Missões, uma das regiões mais carentes do Rio Grande do Sul.

Este movimento estratégico reforça o compromisso da URI em promover educação de qualidade e integrar-se ao desenvolvimento social e econômico das comunidades que atinge.

Com esta proposta, a URI Santo Ângelo busca não só expandir sua oferta educacional, mas também tornar-se um eixo central no avanço da saúde pública na região, aliando esforços institucionais e governamentais para alcançar objetivos comuns.