Fronteira Noroeste

Inaugurado o Memorial da Evolução Agrícola de Horizontina

Foi inaugurado em Horizontina nesta quinta-feira, dia 14/12,  o MEA – Memorial da Evolução Agrícola, um complexo de arte, cultura, educação, meio ambiente, esporte e lazer de mais de 64 mil metros quadrados.  No local, além do prédio que abriga a exposição de longa duração – altamente tecnológica e imersiva – da história de como a agricultura evoluiu no País, quais seus desafios atuais e futuros; haverá quadras esportivas, playground infantil, academia a céu aberto, loja, café e atividades educacionais.

Contando com a presença do CEO da John Deere Brasil Antonio Carrere, Presidente do Instituto John Deere Edilson Proença, Diretor vice-presidente da SLC Jorge Luís Silva Logemann, Diretor Regional do SENAI/RS – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Carlos Trein, Diretor da Faculdade Horizontina Sedelmo Desbessel, direção da fábrica da John Deere Horizontina Gladimir Ames e Everton  Silva e o Prefeito Municipal Jones Cunha, a solenidade teve inicio por volta das 13h e se estendeu até por volta das 15h30min, encantando as lideranças convidadas para o ato, representando a cidade sede e municípios vizinhos.

A Orquestra Semeando Cultura deu o toque musical especial para uma tarde que entra para a história da cultura riograndense, com forte apelo ainda ao potencial turístico a que se fortalece regionalmente. Pronunciamentos das autoridades trouxeram emoção, informação e muita expectativa quanto ao futuro da produção de alimentos.

BRINCAVA NO LOCAL

Jorge Logemann destacou que brincava no local quando menino, depois ali trabalhou nos negócios de seu pai e dos sócios da família, os Schneider e os Ullmann, iniciados pelo avô. “Quando decidimos vender a fábrica para a John Deere, duas clausulas do contrato não foram escritas, mas a John Deere assumiu como compromisso moral; manter a fábrica de colheitadeiras em Horizontina – não só manteve como a ampliou em muitas vezes, e Preservar o legado dos fundadores (Schneider&Logemann) o que hoje se materializa com esse memorial”, disse Dr. Jorge. O espaço, preserva a história e a origem do nosso agricultor, conclui Logemann.

ALIMENTOS PARA O MUNDO

O CEO da John Deere Antonio Carrere destacou ser um privilégio estar presente onde nasce a história da agricultura brasileira. “Produzimos alimento para 800 milhões de pessoas ao redor do mundo, o Brasil se tornou gigante ao alimentar seu povo e entregar ao mundo esse resultado, graças ao que começou aqui”.

PARCERIA QUE DEU ORIGEM A UMA FACULDADE

A história também foi lembrada por Sedelmo Desbessel, diretor da Fahor, parceira na administração do espaço, para justificar o marco presente que olha em direção ao futuro. Lembrou da construção com o Senai formando os profissionais e diante da necessidade o êxito em formar engenheiros aqui, a partir de 2001. “Hoje somos uma faculdade de excelência, Conceito Máximo no MEC graças a parceria com a John Deere. O MEA é a história sendo escrita, e isso nos enche de felicidade”, disse Desbessel.

O PODER PÚBLICO TEM UMA GRANDE MISSÃO

O prefeito Jones Cunha, pediu uma boa tarde em alto e bom som, pois segundo ele a tarde era memorável. Um orgulho para nossa história, pois havia 68 anos Horizontina criou uma identidade; a de ser uma comunidade empreendedora, com um povo trabalhador e que acolhe e abraça quem chega para morar ou trabalhar aqui.

O mandatário disse ainda, saber dimensionar a grande missão que tem ao liderar o Poder Público Municipal, pois é preciso prepara sua comunidade para que continue fazendo jus a muitos investimentos, entre eles, a exemplo do MEA, que tornam o Município referência no Estado e no País em Agricultura, Educação e Cultura. “É um dia épico, estamos eternizando o passado e consolidando o presente, ao mesmo tempo que estamos projetando um futuro promissor, pois o agronegócio é o que mantêm esse país em pè e nossa região, formada por mulheres e homens corajosos e dedicados à produção de alimentos. Vamos utilizar bem esse espaço, convidou o mandatário.

O QUE É O MEA

Um espaço de 64 mil metros quadrados abriga exposição de longa duração, atividades educativas, culturais, artísticas e esportivas. Abrigará oportunidades de cursos e oficinas culturais para ampliar o conhecimento da população sobre esse promissor setor que é a agricultura e toda a tecnologia que cresce em paralelo, além da elaboração constante de estudos a respeito do tema.

A região Noroeste, já repleta de peculiaridades e belezas naturais, se reforça também como pólo turístico do Estado com mais essa iniciativa, promovida pelo Instituto John Deere. O feito é histórico por que no Brasil entre os mais de 3.960 museus instalados, somente 11 são dedicados ao tema da agricultura.

O MEA oferece uma experiência única, unindo uma rigorosa pesquisa multidisciplinar, espaços museográficos imersivos e muita tecnologia digital e sensorial. A visita mediada inicia no “Palco da Evolução Agrícola”, uma sala que transporta o visitante para o tema do Memorial com uma tela de oito metros de largura, cinco de altura e som de cinema, além de uma maquete mecanizada da América do Sul, que se move conforme a história é contada em vídeo, sons, fotografias, dados, informações, gráficos e uma projeção em vídeo mapping.

A experiência segue por salas ricas em cenografia, equipamentos de época, painéis, vídeos, displays contendo grãos, ferramentas e maquinário do passado e do presente. Além disso, diversos espaços serão convidativos à interação, sendo possível tocar, pegar e até subir em equipamentos. Dois deles, uma cabine de uma colheitadeira e uma cabine de um trator, contarão com simulação em realidade imersiva, sendo possível aos visitantes vivenciar a experiência de pilotar o maquinário em meio à lavoura. A narrativa avança e contempla questões históricas, sociais e regionais, com homenagens aos povos originários e aos imigrantes da região.

A HISTÓRIA DA AGRICULTURA QUE COMEÇA AQUI

Foi em Horizontina que a evolução agrícola brasileira começou. Na cidade foi fabricada a Colheitadeira automotriz SLC 65-A, a primeira máquina deste tipo no Brasil, que marcou o início da mecanização da agricultura no País. Isso permitiu ganhos de produtividade jamais vistos – e é por isso que a cidade foi escolhida para abrigar o Memorial. Essa máquina, inclusive, é uma das atrações do MEA.

O MEA terá ainda insights sobre o futuro do setor como um todo. Serão apresentadas as mais recentes soluções adotadas na área e vislumbres sobre o que esperar nos próximos anos, abordando temas como a gestão moderna da agricultura familiar, das pequenas e médias propriedades e o aperfeiçoamento das técnicas para a produção de alimentos orgânicos.  Além dos atrativos do espaço museográfico, o MEA é um verdadeiro complexo que une arte, educação, esporte, lazer e bem-estar.

O SENAI MARCA PRESENÇA NO MEA

No complexo cultural estará o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, ocupando uma área de 1.175,56 m2 no Prédio Fabril. A unidade oferecerá dez cursos e contará com três salas de aula, um laboratório e um Senai Lab. O Centro de Formação Profissional terá cursos profissionalizantes nos três turnos, incluindo os de aprendizagem para jovens de 14 a 24 anos e formações in company. Com o novo espaço, o SENAI do município poderá atender 200 alunos por turno.

CI JOHN DEERE

Outra operação que fará parte do complexo é o Centro de Inovação John Deere, que atualmente funciona na instalação da multinacional na cidade e passa a ter um espaço próprio.

Seguindo a tendência dos melhores espaços culturais do mundo, o MEA contará com a Cozinha Experimental de Criatividade, que, além de um cardápio dos já conhecidos “cafés de museu”, promoverá experiências gastronômicas e oficinas, na qual a comunidade será convidada a compartilhar suas receitas exaltando os sabores, perfumes e sensações da culinária e dos ingredientes regionais.

Experiências educativas para crianças, jovens, adultos e a terceira idade da região também serão promovidas.

AULAS DE MÚSICA, TEATRO, BALLET

A programação do projeto “Semeando Cultura”, também do Instituto John Deere, que, atualmente, ocorre no prédio da Biblioteca Pública Municipal passará a ser realizada no segundo piso do prédio que abriga a exposição, em salas projetadas e equipadas para aulas de dança, teatro, música, artes plásticas e experimentações artísticas. O espaço também estará disponível para parcerias com escolas da região.

ESTRUTURA DO MEA PARA A COMUNIDADE

  • Playground – mais de 8 mil metros quadrados dedicados às crianças, com diversos brinquedos;
  • Quadras poliesportivas – dois campos de futebol sete, duas quadras de areia e uma quadra poliesportiva;
  • Academia ao ar livre – 21 aparelhos disponíveis para a prática de diferentes modalidades;
  • Espaço ao ar livre – mais de 40 mil metros quadrados de espaço aberto para passeios, com completo mobiliário urbano, paisagismo e segurança;
  • Espaço para feiras – local projetado para receber feiras em parceria com produtores e

comerciantes locais;

  • Estacionamento – cerca de 145 vagas de estacionamento para carros, 35 para motos e 10 para ônibus.

Idealizado pelo Instituto John Deere e viabilizado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, o MEA tem como patrocinadores John Deere Brasil e SLC Agrícola. O apoio cultural é da Fahor e da Prefeitura Municipal de Horizontina. O projeto de arquitetura do complexo foi desenvolvido pela Liberali Arquitetura & Design e o projeto museográfico é assinado pela Straub Design.

SERVIÇO

MEA – Memorial da Evolução Agrícola. A história de muitos. O futuro de todos. Todas as atividades são gratuitas e de classificação livre. Horário de funcionamento do prédio Memorial:  A partir de 15 de dezembro, de quarta a domingo, das 9h às 17h. Visitação gratuita. Área externa: de terça a domingo, das 8h às 22h. Entrada gratuita.