Fronteira Noroeste

Pecuaristas familiares recebem auxílio da Emater/RS-Ascar para tratamento do carrapato

O agricultor Eroni Roberto Brauner, da localidade de João de Castilhos, interior de Dezesseis de Novembro, procurou a Emater/RS-Ascar em busca de orientações para o controle do carrapato sem necessidade de uso de químicos. Este parasita causa grandes perdas econômicas à pecuária brasileira e a atenção se redobra neste início de primavera, quando os carrapatos sobreviventes do inverno iniciam a infestação dos rebanhos.

Ao fazer o diagnóstico da propriedade, a extensionista Inajara Batista recomendou algumas práticas de manejo, entre elas a adoção de homeopatia. Os resultados, segundo o depoimento do produtor, foram satisfatórios. “Eu estou muito satisfeito com a homeopatia e agradeço o apoio da Emater, que ajudou e orientou, porque eu não tinha mais o que fazer, não tinha mais remédio. Nem o carrapaticida mais bravo não estava funcionando mais. Então eu estou muito satisfeito com a homeopatia, muito contente, relata Eroni.

Outra alternativa, que dispensa o uso de químicos, é separar naturalmente o carrapato do boi (hospedeiro), por meio de prática mecânica, ou adotar o sistema de pastoreio rotacionado. A área de pastagem deve ser dividida, de modo que os animais retornem ao primeiro piquete depois de um mês ou mais, período necessário para que haja uma redução na população de larvas.

POR QUE COMBATER O CARRAPATO?

A presença do carrapato pode afetar a produção de leite, carne e couro, já que a praga impacta a sanidade animal e, consequentemente, o retorno econômico. Ele se alimenta do sangue da vítima, acarretando no animal infestado uma perda de peso aproximada de 1,18 g/carrapato/dia, levando a 430,7 g/carrapato/ano. O carrapato também é transmissor da tristeza parasitária bovina, causa de morte em rebanhos.

As práticas de defesa sanitária animal executadas pela Emater/RS-Ascar estão vinculadas à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).