Realizado nesta sexta-feira (24/05) em São Martinho, o 1º Seminário Regional sobre Milho Silagem validou a silagem de milho como a melhor escolha para quem deseja elevar indicadores de produtividade na produção de leite. O evento, realizado no CTG Cezimbra Jacques, teve a participação do prefeito e vice-prefeita, Jeancarlo Hunhoff e Maria Attuati da Silva, do gerente e gerente adjunto da Emater/RS-Ascar da região de Ijuí, Fábio Pasqualoto e Bergson dos Santos, da supervisora microrregional Rejane Gollo Fornari, da chefe do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, Mariane Malgarin, além de secretários municipais, produtores de leite, extensionistas rurais e especialistas.
“Nós temos, no inverno do Rio Grande do Sul, outras culturas, mas o milho acaba sendo a melhor cultura, se pensarmos em termos de produtividade animal”, disse o palestrante do seminário, especialista em Nutrição e Alimentação Animal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), João Pedro Velho.
Opinião semelhante ado engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Gilberto Bortolini. “Dentre as culturas que temos para fazer silagem, o milho é a que dá mais resposta à produção de leite. Além de fornecer energia, fornece fibra, que o rúmen da vaca precisa”, disse Bortolini. “Através da seleção genética, o melhoramento do milho favoreceu a qualidade de alimento, porque a vaca não consegue aumentar o volume de alimento consumido, então melhorando o milho e a silagem melhora a produção de leite”, completou Bortolini.
Cigarrinha do milho
Outro ponto debatido no seminário foi o controle da cigarrinha (o inseto é o principal vetor das bactérias que causam os enfezamentos no milho). O tema foi apresentado pelo engenheiro agrônomo, Maico Capeletto, com mediação do extensionista rural Enéias Lenhardt.
Aos produtores de leite que pensam em reduzir a área de milho, em função da cigarrinha, o professor da UFSM, João Pedro Velho, disse que “não é uma boa estratégia, porque ainda não temos uma silagem que se compare ao milho”.
Enchente no RS
A tragédia ambiental, que afetou a produção de leite no Vale do Taquari, pode ser um momento oportuno para valorizar os produtores gaúchos.
“Em função de toda essa tragédia, devemos pensar que o produtor de leite precisa ser mais valorizado, mostrando que a sua produção de leite, por hectare, se equivale a 110 sacos de soja/ha. Então valeria a pena o produtor pensar em produzir melhor, porque ainda é a cultura que mais rende por hectare”, disse o professor da UFSM, João Pedro Velho.
Mulheres na produção
A Dimensão da Ação Feminina na Cultura do Milho foi outro tema abordado durante o seminário. As produtoras de leite, Rúbia Steffen e Sabrina Traesel, falaram sobre o dia a dia na propriedade. Ambas plantam milho com a finalidade de produzirem silagem para o rebanho leiteiro.
“A gente veio refletir sobre a dimensão da ação feminina nesta atividade. A nossa mulher rural tem este papel se ser guardiã de sementes. É um momento de construção de conhecimentos e de busca de igualdade de oportunidades em diferentes culturas”, disse a extensionista rural da Emater/RS-Ascar Silvana Canova.