Em visita técnica realizada na terça-feira (1º/10) a Garruchos, nas Missões, extensionistas da Emater/RS-Ascar acompanharam os resultados observados em área de recuperação ambiental. O acompanhamento foi facilitado com o uso de drone, que pode atingir uma altura de voo de 120 metros. Em sua propriedade, o pecuarista Raimar Mozak adotou a recomposição ambiental em parte da área, assim como implantou o sistema silvipastoril voltado à atividade leiteira.
O assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar Marco André Junges explica que para a recuperação de uma área podem ser adotados métodos como a regeneração e a recomposição ambiental, seja com o isolamento de uma área de modo que a própria natureza possa se recompor sem intervenções externas, ou com a reintrodução de espécies nativas, para contribuir com o equilíbrio ambiental do local, junto com outras técnicas como a recuperação do solo e o manejo da água.
Na propriedade da família Mozak, há três anos uma área de um hectare foi reservada para o processo de recuperação. O local recebeu cercamento, levando-se também em conta a preservação da água disponível, e apresenta respostas significativas. Nessa área já observamos sinais claros de que a recuperação está acontecendo, como a presença de capivaras e aves, bem como a recomposição de uma diversidade de plantas que surgem espontaneamente após a implantação, com sucesso, de espécies arbóreas nativas, relata o extensionista da Emater/RS-Ascar de Garruchos, Ezequiel Pavelacki.
Ele também relata que outros produtores locais adotaram a recuperação ambiental em suas propriedades, permitindo que a natureza se regenere com plantas características da região. Uma das condições importantes da construção deste processo é o cercamento destas áreas para que se tenha a menor interferência possível por parte de animais domésticos e da própria ação humana. Também existe a necessidade de que essas áreas tenham uma quantidade suficiente de água para o bom desenvolvimento da flora e da fauna nativas, orienta o engenheiro agrônomo.
No sistema silvipastoril adotado na propriedade de Mozak são agregados, numa mesma área, bovinos de leite, forrageiras e árvores. Deste modo, são aproveitados os beneficíos da presença de árvores na propriedade inclusive no manejo do rebanho, que ganha em bem-estar e sanidade. A pastagem tifton implantada na área responde bem e contribui com a redução nos custos de produção de leite.
Alguns destes resultados observados na propriedade foram acompanhados com o uso da tecnologia. Durante a visita técnica, o engenheiro florestal da Gerência Técnica da Emater/RS-Ascar, Antônio Borba, orientou sobre o uso do drone para o levantamento fotográfico multiespectral da área e, assim, qualificar orientações técnicas. Extensionistas acompanharam as orientações de modo que se possa adotá-las junto a outras propriedades da região de Santa Rosa.
Com o uso de drone, a Emater/RS-Ascar busca qualificar seu trabalho na área ambiental, através de mapeamento, estabelecimento de georreferenciamento e captura de imagens.