Fronteira Noroeste

Prefeitura e entidades discutem impasse sobre novo leilão da Ponte Internacional São Borja – Santo Tomé

Na manhã de sexta-feira (09/05), representantes de órgãos públicos e entidades civis de São Borja e Santo Tomé participaram de uma reunião conjunta para tratar do impasse envolvendo o novo leilão da concessão da Ponte Internacional que liga São Borja (Brasil) a Santo Tomé (Argentina). A pauta foi motivada pela ausência de definição das autoridades brasileiras e argentinas quanto à continuidade da gestão da estrutura, cujo contrato de concessão está próximo do vencimento.

O encontro contou com a presença do vice-prefeito Jefferson Olea Homrich, do presidente do IRGA Eduardo Bonotto, do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Darlan Santos, do presidente da ACISB, Roberto Dornelles, do presidente da Câmara de Vereadores, João Carlos Reolon, do diretor de Assuntos Internacionais de Santo Tomé, Tomás Cortes, do diretor da SMDETI, Enedir Ramires, e do assessor legislativo Márcio Trindade.

Durante a reunião, os participantes expressaram preocupação com a indefinição por parte dos governos federal brasileiro e argentino e com os possíveis impactos econômicos, logísticos e sociais decorrentes da ausência de um novo modelo de concessão. Foi deliberado que a Prefeitura de São Borja, juntamente com as demais entidades envolvidas, realizará contato direto com a secretária nacional de Transportes, Viviane Esse, com o objetivo de solicitar maior celeridade nas tratativas bilaterais por parte do Governo Federal.

Além disso, está em fase final de redação um documento conjunto assinado por todas as instituições participantes da reunião, que será encaminhado às autoridades brasileiras e argentinas. O documento solicita urgência na articulação binacional para garantir a continuidade dos serviços e do fluxo comercial e turístico entre os dois países.

A Ponte Internacional São Borja – Santo Tomé é considerada estratégica para o comércio exterior, sendo responsável por aproximadamente 23% das operações comerciais entre Brasil e Argentina. Atualmente, a estrutura opera de forma provisória, sem definição oficial quanto ao futuro da concessão.

As lideranças presentes destacaram que a ausência de uma solução definitiva compromete diretamente o desenvolvimento regional e reforçaram o compromisso de manter o diálogo institucional e político até que haja um posicionamento concreto por parte dos governos envolvidos.