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Pesquisadora investiga contribuições negras e mestiças em Ijuí

O acervo documental preservado pelos museus é essencial para a pesquisa, especialmente quando se trata de aspectos frequentemente negligenciados. A preservação de documentos, fotografias e outros materiais históricos no Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) oferece uma base fundamental para pesquisas, permitindo a recuperação de memórias e histórias.

Atualmente em pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense, sob a orientação da professora Vanise Medeiros, a professora Gesualda Rasia está conduzindo uma pesquisa aprofundada sobre a presença negra e mestiça em Ijuí, durante o final do século XIX e início do século XX.

Em depoimento recente, a professora Gesualda explicou que muitas facetas da vida e das contribuições dessas comunidades foram apagadas nos registros históricos. O vasto acervo do Museu, com seus documentos e registros variados, fornece as evidências necessárias para preencher essas lacunas, auxiliando na recuperação de memórias.

O trabalho da professora Gesualda Rasia demonstra como o acervo documental dos museus pode ser um recurso indispensável para a recuperação de histórias que muitas vezes são negadas. Utilizando os materiais preservados pelo Madp, ela não apenas está retomando memórias importantes, mas também ajudando a ampliar a narrativa histórica da região. Assim, o acervo documental não apenas preserva o passado, mas também desempenha um papel ativo na construção de uma compreensão mais inclusiva e detalhada da história local.