Fronteira Noroeste

Informação e tecnologia na agricultura têm impacto na preservação dos solos

O solo é um recurso natural que sustenta a flora e a fauna, o armazenamento da água e as infraestruturas. Além de ser um meio insubstituível para a agricultura, é também um componente vital do agroecossistema no qual ocorrem processos e ciclos de transformações físicas, químicas e biológicas.

O conhecimento do solo é importante para diversas áreas de atividade e isso requer que os atores no desenvolvimento agrícola e na preservação ambiental tenham as noções e as habilidades para identificar os diferentes tipos de solos e as limitações de uso agrícola, objetivando seu uso mais racional, economicamente viável e ambientalmente sustentável. Quando mal manejado, ocorre a degradação do ecossistema.

O Rio Grande do Sul apresenta grande variedade de solos, consequência da complexidade da sua formação geológica e da ação climática ao longo do tempo.

Em diversas regiões do Estado, a compactação do solo por pisoteio de animais ou tráfego de máquinas tem prejudicado a infiltração de água e o crescimento das raízes, especialmente em culturas como a soja. Para mitigar esses efeitos, os agricultores adotam práticas como a rotação de culturas e o uso de plantas de cobertura, que ajudam na descompactação do solo e na manutenção de sua estrutura.

Conforme Rafael Goulart Machado, extensionista da Emater/RS-Ascar em Coxilha, “quando se trabalha com plantas de cobertura, optamos, nesta época do ano, por gramíneas de verão, que podem ser cultivadas após a cultura da soja, como estratégia para uma melhor estruturação do solo”.

Além de práticas de manejo, a adoção de bioinsumos tem se destacado como uma alternativa sustentável para a agricultura. Esses insumos biológicos, como os fixadores de nitrogênio e microrganismos controladores de pragas, contribuem para a redução do uso de fertilizantes químicos e inseticidas.

Além disso, a metilobactéria simbiótica, que auxilia no aproveitamento do nitrogênio, é um exemplo de inovação que potencializa a produtividade das culturas com menor uso de adubos nitrogenados. Essas tecnologias estão impulsionando a sustentabilidade da agricultura no Planalto, consolidando a região como um modelo de inovação e eficiência no Brasil. “Cada um deles, através de seus mecanismos específicos, contribui para a maior sustentabilidade da agricultura”, destaca Machado.