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Indústria gaúcha começa o ano com confiança recuperada

O ICEI-RS (Índice de Confiança do Empresário Industrial), divulgado nesta segunda-feira (29) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), aponta crescimento de 2,9 pontos na virada do ano: passou de 48,1, em dezembro, para 51 pontos, em janeiro.

Superou, pela primeira vez desde outubro de 2022, a linha indicadora da presença de confiança, o que ocorre quando o resultado fica acima dos 50. Também foi a maior alta desde setembro de 2022.

“Esse aumento do otimismo se dá basicamente pela percepção dos empresários de melhora relativa na economia brasileira, principalmente com a redução dos juros e da inflação. No âmbito regional, pesou a amenização dos fenômenos climáticos e a retirada do projeto de elevação do ICMS”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, reforçando, contudo, que a política fiscal mantém as incertezas em níveis elevados, juntamente com as indefinições sobre o cumprimento das metas do “novo arcabouço fiscal” e a Reforma Tributária.

O resultado interrompe o segundo maior ciclo de falta de confiança já apurado, que durou a metade dos 27 meses do primeiro, entre 2014 e 2016. O ICEI-RS é formado pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas. Cada um, por sua vez, é composto por outros dois relativos à economia brasileira e à própria empresa.

O Índice de Condições Atuais passou de 43,8, em dezembro, para 45,9 pontos, em janeiro. Abaixo dos 50 pontos, manteve a sinalização de piora nos últimos seis meses, mas seu aumento significa que a percepção negativa foi menos intensa e disseminada daquela verificada no último mês de 2023.

O Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira subiu de 38,5 para 43 pontos, mas, da mesma forma, seguiu abaixo dos 50, mantendo o menor valor entre todos os índices. O ano iniciou com 35,3% dos empresários gaúchos percebendo piora nas condições da economia nacional e 12,1%, melhora. Eram, respectivamente, 46,3% e 9,6% no final do ano passado. As condições das empresas também seguiram ruins em janeiro, mas o índice aumentou para 47,3 pontos. Era 46,4 em dezembro.