Fronteira Noroeste

Governo gaúcho lança plano para reconstrução de rodovias e pontes afetadas pela chuva

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta segunda-feira (3), um plano para reconstruir e recuperar rodovias e pontes prejudicadas pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. A estimativa de custo para a reconstrução, considerando adaptações às mudanças climáticas, pode chegar a R$ 9,9 bilhões, abrangendo toda a extensão das estradas afetadas.

A iniciativa integra o Plano Rio Grande, um programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.

O governo do Estado apresentou duas projeções de investimento para atender a 8.434 km de rodovias pavimentadas e não pavimentadas que foram afetadas de alguma forma. O custo mínimo seria de R$ 3 bilhões, com obras de correção e liberação dos pontos atingidos. Já no cenário de investimento com adaptações para as mudanças climáticas, o valor pode chegar a R$ 9,9 bilhões.

“Vamos buscar viabilizar todo investimento possível, e podemos assegurar que pelo menos R$ 3 bilhões são estimados. Esse valor seria para não apenas reconstruir pontes e recompor estradas, mas também para melhorar trechos dessas estradas e qualificar toda a rodovia, garantindo conforto e segurança aos usuários”, explicou Leite.

Para agilizar o atendimento das cidades afetadas, foram definidas modalidades de contratação conforme a necessidade de cada local. Nos casos de grande impacto, será utilizada a contratação com dispensa de licitação, em regime integrado, permitindo que as fases de instrução do processo sejam realizadas em até 15 dias.

A categorização das estradas afetadas foi baseada em sete critérios: situação da rodovia; tempo gasto a mais em deslocamentos; quantidade de afetados; impactos na economia local; impactos na saúde; impactos na mobilidade urbana; e volume de circulação de veículos. Oito rodovias foram priorizadas para receber ações de recuperação e reconstrução, abrangendo 36 municípios.

“Os critérios adotados destacam o impacto que a falta de restabelecimento da rodovia causa na região, para que possamos definir as prioridades imediatas. Essas rodovias são as consideradas essenciais, que necessitam de agilidade e resposta rápida”, disse o secretário Logística e Transportes, Juvir Costella.

Além disso, foram publicados editais de licitação para a reconstrução de oito pontes em sete rodovias estaduais, com valor total estimado em R$ 76,4 milhões. Todas as obras contemplam estudos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), considerando projeções de mudanças climáticas e riscos associados a eventos extremos como o ocorrido neste ano.

A Secretaria da Reconstrução Gaúcha participou do mapeamento das rodovias e das pontes e contribuiu com a elaboração das ações necessárias para a reconstrução. Esse modelo de gestão, mais ágil e colaborativo, é a diretriz do Plano Rio Grande. Além das estradas, a estratégia de planejamento e entrega de projetos está sendo aplicada em outras áreas afetadas pela enchente – como Saúde, Educação e Infraestrutura, entre outras.

“Pudemos contar com o empenho e a agilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem e das concessionárias na recuperação dos trechos de rodovias para entregar estradas em condição de tráfego, especialmente em trechos com danos graves. Esse é um trabalho importante para reconectar comunidades, viabilizar o transporte de pacientes e melhorar a vida das pessoas neste momento tão difícil”, ressaltou o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.