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Emater/RS-Ascar apresenta Diagnóstico sobre Comunidades Guarani do RS

O Diagnóstico das Comunidades Guarani no Rio Grande do Sul será apresentado na próxima terça-feira (29/04), às 14h, na Aldeia Nheengatu, no município de Viamão. Através de contrato com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a Emater/RS-Ascar realizou em 2024 um levantamento nas comunidades Guarani do Estado, envolvendo 62 comunidades presentes em 36 municípios gaúchos. O diagnóstico será disponibilizado em formato de e-book.

“O estudo mapeou vulnerabilidades ambientais, sociais, culturais e econômicas, mas também potencialidades e fortalezas do povo Guarani no estado, revelando desafios, como moradias precárias em 92% das comunidades, falta de acesso adequado à água, escolas funcionando sem infraestrutura adequada e fragilidades no atendimento à saúde”, avalia Mariana de Andrade Soares, antropóloga e extensionista da Emater/RS-Ascar, que coordenou esse levantamento. Mariana destaca que, no Estado, apenas sete terras Guarani estão oficialmente demarcadas pela União, e 21% das comunidades estão em terras públicas estaduais sem regularização.

Apesar das vulnerabilidades, o diagnóstico também evidencia as fortalezas do povo Guarani, ressaltando que 97% das comunidades mantêm práticas agrícolas tradicionais e o artesanato é a principal fonte de renda em 94% delas.

A iniciativa busca, acima de tudo, dar visibilidade ao processo histórico de luta, resistência e resiliência dos Guarani ao longo dos 525 anos de contato com os não indígenas. “Ao reunir e divulgar esses dados, o diagnóstico pretende subsidiar formulação de políticas públicas mais eficazes e específicas por parte da União, do Estado e dos municípios, contribuindo para o atendimento das necessidades, demandas e projetos de vida das famílias e comunidades Guarani, e a efetivação de seus direitos”, defende a extensionista.