Em vigor desde o início de julho, o Plano Safra 2024/2025 foi tema de reunião, promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), na última sexta-feira (12/07), em São Paulo das Missões. Participaram do encontro, realizado nas dependências do Salão Paroquial, mais de 50 agricultores e instituições parceiras.
Conduzida pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar Canísio Berwaldt e Júnior Kessler, a pauta da reunião esteve dividida em três assuntos. O primeiro, as novidades do Plano Safra, sendo apresentadas as linhas de custeio e investimento, bem como a documentação necessária para acessar o crédito rural.
Neste ano, as taxas de juros variam entre 0,5% a 6%, conforme enquadramento no CAF podem ser observadas várias linhas de financiamento, entre elas o Pronaf Custeio com juros mais baixos para a produção de alimentos, milho até R$ 20 mil e produtores com enquadramento até R$ 100 mil no CAF. No investimento, além das tradicionais, a novidade fica por conta da nova linha de crédito que servirá para financiar todas as etapas do processo de regularização fundiária de imóveis rurais, desde as despesas de georreferenciamento até tributos, emolumentos e custas cartoriais. Também a linha Bioeconomia, com taxa reduzida e prazo de pagamento estendido, podendo ser financiada a recuperação de solo, preocupação recorrente na região em função da erosão causada pelo excesso de chuva.
O segundo assunto foram a emissão e os critérios do Cadastro da Agricultura Familiar (Caf) para fins de acesso e enquadramento ao Pronaf. Ainda foram esclarecidas as formas de composição da renda para enquadramento e documentos necessários para a emissão. O sistema permite o desconto de R$ 20.000,00 das rendas fora do estabelecimento, e para produtores de leite um rebate de 30%.
Também foram tratados o Zoneamento Agroclimático, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e as novas faixas de enquadramento. “Grande parte do solo do município é caracterizado como tipo 2 (cascalho), sendo o milho plantado tradicionalmente em agosto e neste período o risco climático é de 40%. Neste caso, se houver necessidade de acessar o seguro Proagro, o produtor terá cobertura de acordo com esse cenário”, exemplifica Berwaldt, destacando a importância de levar em conta o risco climático, o tipo de solo e os períodos de plantio, aspectos que impactam no resultado da produção e no acesso ao seguro.
Seja no caso das linhas de custeio ou de investimento, os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar estão à disposição para orientar e elaborar projetos técnicos e de crédito.