A soja, com ênfase em cultivares e manejo, foi a protagonista de dia de campo realizado nesta terça-feira (20/02), em Santa Rosa. O tema se torna oportuno na região em que foram cultivados mais de 827 mil hectares com o grão na safra 2023/24, segundo a Emater/RS-Ascar.
O evento promovido pela Agriplus, contou com o apoio da Emater/RS-Ascar, do Sicredi e da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Noroeste do Rio Grande do Sul (Aenorgs), bem como o envolvimento de empresas de diversos segmentos de produção e proteção de plantas, que apresentaram cultivares e formas de manejo em suas estações.
Em torno de 800 agricultores, de aproximadamente 40 municípios, passaram pelo dia de campo, que adotou a metodologia de visitação livre. Resultados de experimentos com 27 cultivares, de 16 empresas, foram apresentados durante o evento. Foi possível perceber também diferença nas características, especialmente no tipo e tamanho das folhas, das cultivadas implantadas em diferentes períodos: 2 de outubro, 22 de outubro e 11 de novembro.
O engenheiro agrônomo Sérgio Schneider, proprietário da Agriplus, explica que as informações remetem à pesquisa realizada ao longo de cinco anos junto à área experimental, com resultados baseados em fatores como data de plantio, manejo de doenças, testes de produtos e outros aspectos relacionados à cultura.
Manejo Integrado de Pragas e Doenças e Tecnologias de Aplicação
Em sua participação, a Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), orientou sobre o manejo de pragas e doenças da soja, bem como as tecnologias e boas práticas de aplicação.
O MIP e o MID têm se tornado cada vez mais populares entre aqueles que buscam maior produtividade, com menores gastos econômicos e impacto ambiental. Consiste em integrar diferentes práticas agrícolas nas propriedades, contemplando conhecimentos sobre biologia dos agentes causadores de danos às plantas (insetos, ácaros, fungos), conhecimentos dos agentes biológicos que realizam controle natural (inimigos naturais) e os níveis de dano econômico para a tomada de decisão sobre o manejo mais adequado (biológico, mecânico, cultural ou químico). A identificação de inimigos naturais também é importante, para que possam ser preservados e agir como aliados no controle.
Em relação às tecnologias de aplicação, a Emater/RS-Ascar abordou as boas práticas de pulverização, de modo especial os cuidados em relação às condições ambientais (temperatura, umidade relativa do ar, intensidade do vento) e o tamanho adequado das gotas.
A Instituição também tem promovido cursos de boas práticas para aplicação de agrotóxicos, atendendo à instrução normativa estadual vigente para a aplicação de herbicidas hormonais. Através do Projeto Inspeciona RS realiza a inspeção técnica de pulverizadores agrícolas em propriedades rurais que tenham interesse.